Cassandra
É, amigos, vivemos os tempos de Herodes. Quase que diariamente a midia anuncia o abandono e/ou morte de nascituros.
Na maioria, são mães desesperadas, filhas da marginalidade e que por pura ignorância não encontram destino melhor para seus filhos do que a lata de lixo, maculando a imagem idealizada da MÃE, que deve no nosso imagnário ter tudo de santa.
São criaturas jogadas ao vento, algumas doente - psicose puerperal -, outras cujos males se originam no próprio sistema social, da falta de controle e conhecimento de tais mazelas.
E nós temos o nosso instante de horror e passamos adiante, outras notícias escabrosas, a página de entretenimento. Enfim acreditamos que o sofrimento está distante de nós. Puro engano....a rede do desespero está no nosso inconsciente.
E é despero puro...somos impotentes, até para sentir.
Cassandra
O desespero pode como um ladrão furtivo entrar dentro de nós.
Só desespero, angústia...de onde vem, porque? ninguém sabe.
O coração se desmancha, o pensamento se embota e o desejo, qualqueer que seja, desaparece.
                Estamos no vácuo.
                Desespero puro.
Cassandra
Linda a manifestação na Praça Porto Rocha, onde a alegria brilhava  nos olhares daqueles que por motivos vários se tornaram "malucos beleza". Parabèns ao CAPS.
       Uai! E o desespero, onde fica?
Na indiferença dos que estão ou querem ficar alheios ao sofrimento; não querem participar da luta por um mundo melhor, onde a diferença não oprime e o preconceito determine a falta de solidariedade.
Simplesmente passam  incapazes de uma escuta, de um olhar de ternura - um toque, nem pensar.
       Desespero puro
Cassandra
Gente, não aguento mais ver na televisão aquela pessoa subindo os degráus de uma escada e dizendo que a educação está melhorando.
Pode ser...mas quando comparo indices, vem o desespero; UNESCO - o Brasil em 88ª lugar. No IDH entre 169 países ocupamos a 73ª posição na educação, sendo que a esta é um dos fatores básicos; e aqui no Brasil, vejam só, o Rio de Janeiro, que já foi o berço da cultura, está entre os cinco piores.
A febre tecnológica  invadiu o sistema e expulsou os educadores. É uma loucura total. Desmantelaram as Coordenadorias Regionais.
Esqueceram-se que por trás  de toda parafernália mecanicista existem PESSOAS e que educação é irredutivelmente composta pelo binômio professor-aluno.
Ainda tem mais, que os professores de Português tremam em suas cátedras: segundo O Globo de 14/05/2011, vem em caixa alta: "MEC distribui livro que aceita erros de português", mas acrescenta em seu texto que "a norma culta da lingua será sempre exigida nas provas e avaliações", esquecem-se de que o hábito faz o monge.
Aí vem o desespero: os empregos estão sobrando nas indústria e nas grandes empresas simplesmente porque os candidatos são analfabetos funcionais.

Cassandra
Amigos, em função de uma causa trabalhista (que terminou num acordo) eis que  a pessoa objeto desta causa ( quem eu chamaria de vítima) recebe tempos depois um documento da Justiça do Trabalho em que o Juiz determina que a mesma deveria pagar em 48 horas uma certa quantia ao INSS.
Foi aí que se deu o mergulho no universo de Kafka.
Das 48h determinadas já tinham se passado pelo menos dois meses e a pessoa, desesperada, começa um longo martírio: o Banco não recebe,  o INSS também não, ela acaba indo parar, por informações dadas, na Receita Federal de onde foi embora gentilmente corrida, pois não era alí.
Acaba se descobrindo que ela precisaria de um número a ser colocado numa guia. Pois bem, começa a caça ao número, ninguém sabe ou pode dar.
A criatura se desespera; -Eu quero pagar!!! Sim, mas como, onde?  E ela continua sua romaria de setores  e o sistema continua engolindo a pobre, com seus funcionários (que me perdoem) bem humorados... que não apresentam solução alguma, ou melhor algumas, só que confusas e que não resultam em nada.
É isso amigos,  é o sistema - puro desespero - para quem caí em suas malhas.
Cassandra
Gente! Pensar não da certo, leva ao desespero.
Imagine um idoso/a que se esforçando, e também em homenagem ao trabalho que sempre considerou digno e louvavel, consegue finalmente chegar aos 70 anos - Ah - é um fato heróico, com certeza merecedor de medalhas e outros mimos. De repente, se espanta e incrédulo descobre que terá o seu salário - mirrádo pois é professor - diminuido em 20%. O pior é que leio nos jornais o aumento dos parlamentares e da presidenta  (116%)!
É desespero puro.